Com uma economia muito diversificada, a Federação Russa possui importantes recursos naturais e humanos, que constituem forte potencial de desenvolvimento económico.
O povo russo em geral, já a partir de meados da década de 1950, vivia bem melhor que os cidadãos de países capitalistas há muito orientados para o mercado, como o México, a Índia, o Brasil ou a Argentina. A taxa de analfabetismo era virtualmente zero, o ensino superior era muito bom e economicamente acessível; o desemprego quase não existia, a igualdade entre os géneros era uma das mais desenvolvidas do mundo, com as mulheres a chegar por vezes mais longe do que os homens nas suas carreiras, especialmente na ciência. Muitas famílias possuiam automóveis, TVs, gravadores de cassetes e podiam viajar de avião pelo menos uma vez por ano até às áreas balneares famosas do mar Negro. Mas a produção e distribuição de produtos de consumo (particularmente de vestuário e alimentos) era relativamente ineficiente e havia uma falta de habitação muito pronunciada em muitas das áreas urbanas, se bem que fossem raras situações de habitação precária ou insalubre.
A Rússia possui mais graduados acadêmicos do que qualquer outro país da Europa.
Contudo, desde a desintegração da União Soviética, em 1991, o caminho para a estabilização macroeconómica tem sido longo e difícil, A partir daquele ano, o país sofreu severa contracção económica ao longo dos cinco anos seguintes, enquanto o governo e o parlamento divergiam sobre a implementação das reformas. A base industrial do país foi seriamente atingida. O país tem passado por diversas crises, destacando-se a crise financeira de 1998, resultante fundamentalmente da crise financeira do Sudeste Asiático.
Depois da dissolução da URSS, causada mais por razões étnicas do que económicas, a primeira recuperação russa, ainda ligeira mas já a mostrar os sinais da influência do mercado livre, ocorreu em 1997. Porém a crise financeira asiática daquele ano acabou por atingir a economia russa. Dianta da significativa desvalorização do rublo, o governo Russo aumentou a taxa de juros, mas as medidas de política econômica fracassaram e a Rússia declarou uma moratória unilateral, gerando perdas a seus credores internos e externos. Assim, 1998 ficou marcado por ser o ano da crise financeira Russa, com intensa fuga de capitais e, na sequência, recessão.
A economia começou a se recuperar em 1999, entrando numa fase de rápida expansão, com o PIB a crescer a uma taxa média de 6.8% por ano, entre 1999 e 2004, apoiado em preços mais altos no petróleo, num rublo mais fraco, e no aumento na produção de industrial e de serviços.
Esta recuperação, a par de um renovado esforço governamental em 2000 e 2001 para fazer avançar as reformas estruturais, aumentou a confiança das empresas e dos investidores para a segunda década de transição.
A Rússia permanece fortemente dependente de exportações de matérias-primas, em particular do petróleo, do gás natural, de metais e de madeira, que correspondem a mais de 80% do total das exportações, o que deixa o país vulnerável às oscilações dos preços do mercado mundial. Em anos recentes, no entanto, a economia também foi impulsionada pela crescente procura interna, que cresceu cerca de 12% ao ano entre 2000 e 2004, o que mostra o vigor do seu mercado interno.
O PIB do país atingiu 535 bilhões de dólares em 2004, fazendo da economia russa a 16ª economia mundial, sendo que Moscou, concentra 30% da produção do país.
Um dos maiores desafios dos formuladores da política econômica russa é o de encorajar o desenvolvimento de PMEs num ambiente empresarial dominado por oligarcas e dotado de um sistema bancário jovem e disfuncional. Muitos dos bancos russos pertencem a grandes empresários ou oligarcas, que usam frequentemente os depósitos para financiar os seus próprios negócios. O Banco Europeu para Reconstrução e Desenvolvimento e o Banco Mundial tentaram normalizar as práticas bancárias fazendo investimentos em acções ordinárias e na dívida, mas com um sucesso muito limitado.
Outros problemas incluem um desenvolvimento económico desigual entre as regiões do país. Enquanto que a região de Moscovo, com a sua imensa população de 20 milhões de habitantes, é uma metrópole moderna, com setores de tecnologia de ponta e renda per capita próxima à das economias mais fortes da eurozona, o resto do país, em especial as comunidades indígenas e rurais da Ásia, vive como vivia no fim da Idade Média. A integração ao mercado também se faz sentir noutras cidades grandes como São Petersburgo, Kaliningrad e Ekaterinburg.
Estimular o investimento estrangeiro é também um grande desafio. Até agora, o país tem se beneficiado do aumento nos preços de petróleo e tem sido capaz de pagar uma boa parte da sua dívida externa, que era gigantesca. O reinvestimento dos lucros obtidos pela exploração de recursos naturais em outros sectores da economia também é um problema.
Em 2003, a prisão de Mikhail Khodorkovski, um dos oligarcas russos e, à época, o mais rico empresário do país, sob a acusação de fraude, evasão fiscal e corrupção durante as grandes privatizações conduzidas no governo de Boris Yeltsin, gerou certa desconfiança entre os investidores estrangeiros. Muitas das grandes fortunas actuais, na Rússia, parecem ter resultado da aquisição de propriedades estatais a muito baixo preço ou da aquisição barata de concessões governamentais. Outros países manifestaram a sua preocupação com a aplicação "selectiva" da lei contra empresários individuais.
Apesar de tudo, algumas grandes firmas internacionais têm grandes investimentos na Rússia. Um exemplo é a fabricante de bebidas Scottish & Newcastle, que descobriu que o mercado da cerveja na Rússia crescia muito mais rapidamente do que noutras áreas da Europa.
Quase duas décadas após o colapso da União Soviética, em 1991, a Rússia continua a tentar estabelecer uma economia de mercado moderna e de fato tem conseguido altas taxas de crescimento económico. Ao longo da década de 2000, a economia russa registrou taxas de crescimento acima de 7% em 2000 (10%), 2001, 2002, 2003, 2004 e 2007 (8,1%). Em 2005 teve alta de 6,4 e, em 2006, de 6,8%. Em 2008, a Rússia cresceu 6% e foi a 9ª economia do mundo. No entanto, diante da crise mundial e a queda dos preços do petróleo, as perspectivas para 2009 são mais sombrias. Em dezembro de 2008, a ministra da Economia, Elvira Nabiullina, previu 2,4% de crescimento do PIB para 2009, o índice mais baixo desde 1998 - o fatídico ano da moratória russa. A Rússia integra a área da APEC (Asia-Pacific Economic Cooperation), um bloco econômico que tem por objetivo transformar o Pacífico numa área de livre comércio e que engloba economias asiáticas, americanas e da Oceania.
O povo russo em geral, já a partir de meados da década de 1950, vivia bem melhor que os cidadãos de países capitalistas há muito orientados para o mercado, como o México, a Índia, o Brasil ou a Argentina. A taxa de analfabetismo era virtualmente zero, o ensino superior era muito bom e economicamente acessível; o desemprego quase não existia, a igualdade entre os géneros era uma das mais desenvolvidas do mundo, com as mulheres a chegar por vezes mais longe do que os homens nas suas carreiras, especialmente na ciência. Muitas famílias possuiam automóveis, TVs, gravadores de cassetes e podiam viajar de avião pelo menos uma vez por ano até às áreas balneares famosas do mar Negro. Mas a produção e distribuição de produtos de consumo (particularmente de vestuário e alimentos) era relativamente ineficiente e havia uma falta de habitação muito pronunciada em muitas das áreas urbanas, se bem que fossem raras situações de habitação precária ou insalubre.
A Rússia possui mais graduados acadêmicos do que qualquer outro país da Europa.
Contudo, desde a desintegração da União Soviética, em 1991, o caminho para a estabilização macroeconómica tem sido longo e difícil, A partir daquele ano, o país sofreu severa contracção económica ao longo dos cinco anos seguintes, enquanto o governo e o parlamento divergiam sobre a implementação das reformas. A base industrial do país foi seriamente atingida. O país tem passado por diversas crises, destacando-se a crise financeira de 1998, resultante fundamentalmente da crise financeira do Sudeste Asiático.
Depois da dissolução da URSS, causada mais por razões étnicas do que económicas, a primeira recuperação russa, ainda ligeira mas já a mostrar os sinais da influência do mercado livre, ocorreu em 1997. Porém a crise financeira asiática daquele ano acabou por atingir a economia russa. Dianta da significativa desvalorização do rublo, o governo Russo aumentou a taxa de juros, mas as medidas de política econômica fracassaram e a Rússia declarou uma moratória unilateral, gerando perdas a seus credores internos e externos. Assim, 1998 ficou marcado por ser o ano da crise financeira Russa, com intensa fuga de capitais e, na sequência, recessão.
A economia começou a se recuperar em 1999, entrando numa fase de rápida expansão, com o PIB a crescer a uma taxa média de 6.8% por ano, entre 1999 e 2004, apoiado em preços mais altos no petróleo, num rublo mais fraco, e no aumento na produção de industrial e de serviços.
Esta recuperação, a par de um renovado esforço governamental em 2000 e 2001 para fazer avançar as reformas estruturais, aumentou a confiança das empresas e dos investidores para a segunda década de transição.
A Rússia permanece fortemente dependente de exportações de matérias-primas, em particular do petróleo, do gás natural, de metais e de madeira, que correspondem a mais de 80% do total das exportações, o que deixa o país vulnerável às oscilações dos preços do mercado mundial. Em anos recentes, no entanto, a economia também foi impulsionada pela crescente procura interna, que cresceu cerca de 12% ao ano entre 2000 e 2004, o que mostra o vigor do seu mercado interno.
O PIB do país atingiu 535 bilhões de dólares em 2004, fazendo da economia russa a 16ª economia mundial, sendo que Moscou, concentra 30% da produção do país.
Um dos maiores desafios dos formuladores da política econômica russa é o de encorajar o desenvolvimento de PMEs num ambiente empresarial dominado por oligarcas e dotado de um sistema bancário jovem e disfuncional. Muitos dos bancos russos pertencem a grandes empresários ou oligarcas, que usam frequentemente os depósitos para financiar os seus próprios negócios. O Banco Europeu para Reconstrução e Desenvolvimento e o Banco Mundial tentaram normalizar as práticas bancárias fazendo investimentos em acções ordinárias e na dívida, mas com um sucesso muito limitado.
Outros problemas incluem um desenvolvimento económico desigual entre as regiões do país. Enquanto que a região de Moscovo, com a sua imensa população de 20 milhões de habitantes, é uma metrópole moderna, com setores de tecnologia de ponta e renda per capita próxima à das economias mais fortes da eurozona, o resto do país, em especial as comunidades indígenas e rurais da Ásia, vive como vivia no fim da Idade Média. A integração ao mercado também se faz sentir noutras cidades grandes como São Petersburgo, Kaliningrad e Ekaterinburg.
Estimular o investimento estrangeiro é também um grande desafio. Até agora, o país tem se beneficiado do aumento nos preços de petróleo e tem sido capaz de pagar uma boa parte da sua dívida externa, que era gigantesca. O reinvestimento dos lucros obtidos pela exploração de recursos naturais em outros sectores da economia também é um problema.
Em 2003, a prisão de Mikhail Khodorkovski, um dos oligarcas russos e, à época, o mais rico empresário do país, sob a acusação de fraude, evasão fiscal e corrupção durante as grandes privatizações conduzidas no governo de Boris Yeltsin, gerou certa desconfiança entre os investidores estrangeiros. Muitas das grandes fortunas actuais, na Rússia, parecem ter resultado da aquisição de propriedades estatais a muito baixo preço ou da aquisição barata de concessões governamentais. Outros países manifestaram a sua preocupação com a aplicação "selectiva" da lei contra empresários individuais.
Apesar de tudo, algumas grandes firmas internacionais têm grandes investimentos na Rússia. Um exemplo é a fabricante de bebidas Scottish & Newcastle, que descobriu que o mercado da cerveja na Rússia crescia muito mais rapidamente do que noutras áreas da Europa.
Quase duas décadas após o colapso da União Soviética, em 1991, a Rússia continua a tentar estabelecer uma economia de mercado moderna e de fato tem conseguido altas taxas de crescimento económico. Ao longo da década de 2000, a economia russa registrou taxas de crescimento acima de 7% em 2000 (10%), 2001, 2002, 2003, 2004 e 2007 (8,1%). Em 2005 teve alta de 6,4 e, em 2006, de 6,8%. Em 2008, a Rússia cresceu 6% e foi a 9ª economia do mundo. No entanto, diante da crise mundial e a queda dos preços do petróleo, as perspectivas para 2009 são mais sombrias. Em dezembro de 2008, a ministra da Economia, Elvira Nabiullina, previu 2,4% de crescimento do PIB para 2009, o índice mais baixo desde 1998 - o fatídico ano da moratória russa. A Rússia integra a área da APEC (Asia-Pacific Economic Cooperation), um bloco econômico que tem por objetivo transformar o Pacífico numa área de livre comércio e que engloba economias asiáticas, americanas e da Oceania.
uma porcari não me ajudou
ResponderExcluirvcs precisam melhorar mto
ResponderExcluir